quinta-feira, 18 de novembro de 2004

O fardo de guiar uma sanita pública

Eu tento ter um raciocínio minimamente lógico, embora tenha a noção que isso é cada vez mais raro hoje em dia, mas tento.
Por mais que eu pense há uma coisa para a qual eu não consigo arranjar sentido nenhum: os simpáticos parquímetros. Ora, para quem não está a ver bem "que raio é isso", é muito simples: vocês estão a ver a auto-estrada A1? Não tem nada a ver. 

 Agora a sério, vocês estão a ver os arrumadores de carro muito chatos? Pois é, isto dos parquímetros são maquinazinhas que fazem as vezes dos arrumadores de carros...mas o pior é que se uma pessoa não dá a moedinha à máquina, a polícia pode passar a multazinha por isso. Acho que os arrumadores deveriam reinvindicar a igualdade de direitos, porque a polícia não passa multas a quem não financiar o consumo de droga desse pessoal!!
Ora bem, a pergunta é simples: quando eu desembolso dinheiro para ter o meu carro estacionado numa vaga de rua, isto é, quando eu meto a merda da moeda num parquímetro, eu estou a pagar o quê?? Que serviço??
Pela minha lógica, estou a pagar para:

  • ter um dilúvio de merda no meu carro protagonizado pelos passarinhos da via pública
  • em dias de temporal, habilitar-me a ter uma multidão a rodear-me a viatura porque gostam de observar os resultados de uma árvore caída sobre o tejadilho de um veículo automóvel. É algo fascinante para os mirones observarem, tal como os acidentes de carro cujo interesse é directamente proporcional à quantidade de sangue espalhado pela estrada
  • apanhar uma chuvada histórica no Inverno ao sair do carro
  • ter um cão, ou dois, ou três, ou outro ser vivo animal qualquer, inclusivé o Homem, a fazer o seu xixizinho num pneu (ou seja, caganita de pássaro + xixizinho...hmmm...se calhar não guio um carro mas sim uma sanita sobre rodas)
No fundo, pago para os outros usufruirem de um serviço de casa de banho pública...e, que eu saiba, o nome que está no meu BI não é Rui Rio (acabei de verificar agorinha mesmo)!



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