Hoje decidi elaborar um pouco sobre algo que toda a gente
detesta: pessoas chatas. Aquelas pessoas que não se apercebem do quão incómodas
são. Estes são os tipos de pessoas chatas que mais me afligem.
A senhora da farmácia
A farmácia atrai mulheres chatas tanto quanto a merda atrai
moscas. É infalível.
No outro dia tive que ir a uma farmácia comprar qualquer
coisa para a febre, isto porque o meu sistema respiratório tuga não estava
preparado para uma viagem de 3 dias a Londres com temperaturas que só teremos
por cá lá para Janeiro.
Entro na farmácia e, como sempre, o único farmacêutico
disponível está a ser monopolizado por uma chata, que já tinha aviado a
receita, já tinha pago mas continuava ali na conversa, ao estilo carraça.
Quando entrei, a chata olhou para mim mas apesar de ser visivel que eu estava
mal e que queria mesmo muito despachar-me, continuou a conversa. Quase que eu
podia ver um balão de pensamento a sair daqueles cornos com a frase “Quero que
te fodas”.
As mulheres chatas das farmácias são aquele tipo de pessoas
a quem as amigas já não atendem o telefone porque não aguentam passar horas a
ouvir falar sobre telenovelas, sobre como as coisas é que eram boas no seu
tempo e sobre como um pastel de nata consegue desencadear-lhes uma diarreia
épica.
Enquanto esperava que a história de como um pastel de nata
lhe transformou o cú num vulcão de merda em erupção, não consegui evitar
imaginar vários cenários para lhe resolver o problema.
O farmacêutico
vendeu-lhe Imodium, como é claro, mas num momento já de delírio febril eu
imaginei espetar-lhe com um valente pinheiro no cú. Ainda por cima como estamos
já perto do Natal, isto era de valor.
Os Antónios Costa
Outro tipo de chatos são aqueles que perdem nalguma coisa
mas que não aceitam a derrota. São os “maus perdedores”. São aquelas pessoas que, logo a seguir à
derrota, não páram de falar a destilar as desculpas mais ilógicas para terem
perdido, ou então não páram de nos implorar para voltarmos a repetir tudo pois
daquela vez não valeu, ou então fazem como o António Costa – juntam os pontos
deles aos dos outros derrotados e andam felizes a dizer que eles é que
ganharam. O FC Porto já decidiu seguir esta estratégia para “ganhar” o
campeonato este ano.
As inseguras
As mulheres inseguras são muito chatas. São aquelas mulheres
que bombardeiam as amigas com telefonemas e mensagens onde repetem várias vezes
a mesma pergunta, à procura de aprovação para alguma coisa que tenham feito.
Ou, quando têm namorado, passa ele a ser o Cristo bombardeado com as perguntas
mais inimagináveis do tipo “achas que esta cor de verniz me faz mais gorda?”.
Mas chato, mesmo chato, é quando temos “amigas” destas no Facebook e elas fazem
isto: colocam um post com uma frase inspiradora tipo “Se a caminhada está difícil, é porque estás no caminho certo” e
espetam com uma selfie delas próprias a fazer beicinho com olhos tristes e com as
mamas quase a saltar-lhes do decote.
Sim filha, estás claramente no caminho
certo para ter likes, para causar inveja nas amigas e para receber comentários
tipo “difícil é escalar montanhas mas eu não me importava de escalar essas
<3 <3 :D”
Gajos melga
E porque não quero ser acusada de estar só a malhar nas
mulheres, também tenho que falar de homens chatos – os gajos melga. Verdade
seja dita que um homem chato é muito pior que uma mulher chata, ou então sou eu
que tenho mais vontade de esbofetear um homem chato do que uma mulher com a
mesma doença. Se calhar porque um homem aguenta melhor ficar com os queixos
escangalhados, talvez.
Os gajos melga são aqueles que não percebem quando uma
pessoa já não está com pachorra para os ouvir, quer seja porque querem engatar
uma mulher que não está interessada, quer seja porque estão a insistir num tema
que não interessa a ninguém, mas mesmo assim continuam. São homens que nos
fazem desejar, de imediato, termos ali uma fita adesiva daquelas castanhas e
bem grossas e resistentes para lhes colar aquela boca. Ou, melhor ainda, um
agrafador tamanho jumbo.
Quem acha que a merda só sai pelo cú, como a senhora
da farmácia, é porque nunca passou pela experiência de ouvir um gajo destes a
despejar a que tem no cérebro pela boca.
Sabotadores de leitura
Isto é um tipo de pessoa chata que mexe particularmente com
o local, no meu cérebro, que controla a raiva. São aquelas pessoas que ao verem
alguém concentrado a ler resolvem ir “salvá-las” dessa actividade.
Deve existir
alguma razão obscura para eu ter, quase sempre, sabotadores de leitura sentados
ao meu lado em aviões. O “modus operandis” é sempre o mesmo: são estrangeiros e reparam que estou a ler um
livro numa língua que não compreendem e soltam um “Spanish?”. Neste ponto
começo a sentir algo maligno a apoderar-se de mim – deve ser assim que as
pessoas possuídas por demónios se devem sentir no início - mas controlo-me e
explico, educadamente, que é português. Que raio de idiota acha que uma capa
com o título “Escândalos da Monarquia Portuguesa” é espanhol?!
Volto à leitura e passados 30 segundos vem nova interrupção
e é nesse momento que me imagino a espetar-lhe com todos os monarcas
portugueses naquela real fuça, como se fosse uma daquelas tartes de chantilli,
e a esfregá-lo bem esfregado até ficar mais marcado do que um esfreganço com
palha de aço. Infelizmente já não há muitos livros de capa dura, senão seria
glorioso fazer isto com uma edição antiga dos Lusíadas que tenho cá em casa,
que pesa mais que um tijolo. Espetar com o esplendor de Portugal na cara de
alguém é bonito.
Já experimentei levar um livro em inglês para o avião, para
assim o sabotador não ter a desculpa de me perguntar que lingua é aquela.
Correu mal porque acabei por apanhar a pessoa do lado a tentar ler o livro por
cima do meu ombro – ainda por cima era o “Grey”, lançado poucos dias antes. Eu
estava a topá-lo, estava a ver quando é que chegava à primeira descrição
erótica, o sacana.
Um dia vou experimentar levar um livro em alemão mas sei,
por experiência própria, que não há gajo mais chato do que um alemão a tentar
meter conversa com uma mulher que ele percebe, claramente, que não é alemã mas
que fala a língua dele – além de um sabotador de leitura, há 99% de probabilidades
de ser um gajo epicamente melga. Peço desculpa a todos os meus amigos alemães
por estar a dizer isto, mas também sei que nenhum deles lê o blog porque não o
entende.
Isto aliás faz-me lembrar o quanto me divertia, quando morava na
Alemanha, a gozar com um perfeito desconhecido em português mesmo ao lado dele.
Assim de repente lembro-me de entrar num elevador e, logo de seguida, entrar
uma mulher com, no mínimo, 200 kilos e eu soltar para o amigo tuga que estava
comigo “esta gaja tem uma arma mortífera no cú, aquilo mata qualquer um por
esmagamento”.
Há mais tipos de pessoas chatas, dava para fazer um livro
inteiro sobre elas. Podia falar ainda sobre os lamurientos e sobre os que falam
sempre mal de tudo mas com esses tenho pouca convivência. Fico a aguardar o que
possam ter a dizer sobre as vossas próprias experiências com pessoas chatas.
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