quinta-feira, 3 de março de 2005

Aviso útil

Alguns podem pensar que sou uma ranhosa, sempre a mandar vir com tudo, mas quem me conhece sabe…que isto tem um fundo de verdade!
Não sou constantemente ranhosa, sou…assim…uns 60%...pronto, 70% do tempo ranhosa. Claro que há variâncias, pois há dias mais propensos à “ranhosice” do que outros (também se pode chamar a isto de birra, ou implicância, whatever).

Após uma profundíssima introspecção, resolvi identificar o que é que despoleta, de forma imediata, a minha ranhosice. Depressa percebi que são imensas coisas, mas dei-me ao trabalho de fazer um Top 10, em contagem decrescente (uma característica disto de ser ranhosa é criar o suspense).

O que mexe com o meu sistema nervoso?

10º As pessoas apegadas às tradições mais absurdas
Digam o que disserem, há tradições inofensivas e tradições que são uma coisa absolutamente hedionda, criada por gente inútil e parasita. A mim tira-me do sério aquelas pessoas já com uma certa idade que ficam verdadeiramente ofendidas com o incumprimento de certas tradições. Por exemplo: porque raio é que eu haveria de convidar para minha madrinha de casamento uma pessoa que eu vejo uma vez em cada 3 anos, só porque é minha madrinha de baptismo? Porque é a tradição? Meus amigos, também era tradição, na Idade Média, atirar bacias de merda pela janela fora antes de existirem esgotos. Se esta actividade de merda (literalmente) acabou, porque é que não são exterminadas, de uma vez, todas as tradições de merda?

9º Os grunhos
O fenómeno grunhos, também conhecidos por “homo grunhus” (existente também na variante “homo trolhus in andaimus”) é verdadeiramente inacreditável. Os grunhos não se ficam somente pelos tipos que usam dez mil argolas nas orelhas e boné, mesmo durante a noite. Podem ser também os gajos com um aspecto minimamente decente mas que, de alguma forma, só conseguem dizer verdadeiras “pérolas” daquela boca para fora. Desde que vi um espécimen destes oferecer, como prenda de aniversário ao meu namorado, um guardanapo a dizer “Xupamos”, acredito que esta gente, quando era criança, foi submetida a uma qualquer experiência científica em que trocaram o seu cérebro por um calhau.

8º Os inúteis e parasitas
Não consigo aguentar aqueles que passam o tempo todo a lamentar-se pela vidinha miserável que têm e que não mexem o rabinho para fazer nada que melhore a condição em que estão, preferindo esperar que um ser divino qualquer lhes envie um bilhete premiado do Euro Milhões.
Lembro-me logo de um senhor com um ar muitíssimo inútil, que foi há uns tempos entrevistado na televisão, muitíssimo indignado porque estava desempregado há 2 anos, a mulher estava há 6 meses, tinham dois filhos e…a mulher estava grávida de mais um! A jornalista ainda lhe perguntou se esse terceiro filho tinha sido planeado, ao que ele respondeu com uma cara muito feliz “Foi, foi!”. Enfim…não preciso de concluir o meu raciocínio, pois não?

7º Que tentem impingir-me divertimento histérico
Por favor…se alguém me vir de trombas, numa discoteca, sentada num sofá qualquer que não esteja ocupado com os casacos de toda a gente, com ar de quem está capaz de pegar fogo ao estabelecimento, por favor…não me venham dizer “Então?!? Não danças?!? Anda dançar, vá !! Que choca!! Está tão giro isto!!” . Não tenho culpa se, para mim, o conceito de giro não é ouvir músicas brasileiras xungosas (quem diz brasileiras, diz latino-americanas) e estar rodeada de gajos encalhados à espera de caçar a sua presa.

6º Venda de bilhetes para os U2
Como é possível que esta gente se tenha submetido ao ridículo que foi a venda de bilhetes para um concerto? Passarem a noite em frente a lojas da FNAC, e depois em bombas de gasolina?!? E já ouvi dizer que já há gente a planear ir acampar para a entrada do estádio de Alvalade dois dias antes do concerto! De certeza que houve gente que deu o cú para ter um bilhete (assiste-se, aqui, a uma nova forma de prostituição)!!
Por favor, ganhem um bocadinho de dignidade!!!
O que eu vou dizer a seguir é verídico: cerca de dois meses antes dos concertos de Madonna no Pavilhão Atlântico, os bilhetes foram postos à venda na FNAC. Esgotaram em 4 horas e também houve gente a fazer a figurinha ridícula de dormir ao relento para ter um bilhete. Na altura do concerto, eu estava em Lisboa e passava a maior parte dos dias na Expo (estava a ter formação lá) e vi muita gente a dormir ali, para serem os primeiros a entrar para a merda do concerto. Eu COMPREI bilhetes para Madonna, na BILHETEIRA DO PAVILHÃO ATLÂNTICO, na maior das calmas, no PRÓPRIO DIA DO CONCERTO. E não julguem que só havia os bilhetes mais caros. Havia TODOS!
Algum cientista que leia isto: por favor, descubra uma forma de cultivar neurónios no cérebro da maior parte da população portuguesa.

5º Carros de escola de condução
Porque é que esta gente tem que andar sempre a menos de 20hm/h, nas principais ruas, particularmente durante a manhã quando quero chegar ao escritório?!!?!?!?! Porque é que demoram mil anos a arrancar num semáforo?!?!? Porquê???????? Se eu fosse um dos “engenheiros” dos exames de condução, reprovava automaticamente quem andasse a menos de 40 km/h sem justificação!!! Ou então punha um jagunço violador a correr atrás dos carros, para ver se esta gente andava mais depressa.

4º Idosos ao volante
Por favor, tirem-lhes a carta!!! Esta gente insiste em guiar a 10km/h (pior que os tipos das aulas de condução), a travar sistematicamente se virem uma pessoa no passeio…e tudo isto num carro com, pelo menos, tanta idade quanto eles!!


3º Os coitadinhos
Compreendam que eu perca a paciência com pessoas que perguntam 10 000 vezes a minha opinião sobre a mesma merda de assunto porque gostam de me ouvir repetir sempre a mesma coisa quando esse assunto lhes agrada; dependem da opinião dos outros para decidir tudo, até para decidir se estão com vontade de ir cagar ou não; repetem sistematicamente os mesmos erros, as mesmas burrices, e depois andam a lamuriar-se por causa disso, também de forma sistemática; sentem que a vida corre muito melhor depois de terem tomado 10 toneladas de comprimidos para a ansiedade.
Toda a gente deveria oferecer a estas pessoas um estaladão portátil, por altura do Natal ou do aniversário.

2º Os que batem no ceguinho
Eu não preciso que me repitam durante 1 hora inteira as mesmas coisas, para as perceber. Se eu precisasse disso, comprava um gravador, porque ao menos podia desligá-lo quando me apetecesse e, em caso de fartura extrema, poderia exterminá-lo contra uma parede.

1º Mexer nas minhas coisas e mudá-las de sítio
Confesso que me torno uma pessoa com tendências para me tornar uma convicta “serial killer” quando me apercebo que mexeram nas minhas coisas (o que quer que elas sejam) e não as deixaram exactamente como estavam. A sério, transformo-me num ser violento, irracional, sedento de sangue e obstinado.
Fico capaz de dar, a essas pessoas, o mesmo tratamento que ao gravador. Para não dizer pior. Não me obriguem a dizer que também contrataria, neste caso, o jagunço violador (para os larilas, contrataria uma gaja com 200 kg de peso, tarada).

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