terça-feira, 25 de novembro de 2014

Quando o cérebro humano pára

O cérebro humano é fantástico. Funciona 24 horas por dia desde o dia em que nascemos e só pára quando estamos a fazer um exame ou nos apaixonamos” – é o que diz a imagem aqui ao lado, em tradução livre.

Raramente me esqueço de frases e citações que resumem, na perfeição, algo que já me ocorreu pela cabeça ou situações que já vivenciei – tiro uma espécie de mental note ao estilo Parker Lewis – mas esta não é uma dessas frases...porque é mentira.

O cérebro humano é fantástico, é sim senhor. Funciona 24 horas por dia desde o dia em que nascemos? Foi feito para assim ser, mas todos sabemos que isso não acontece com toda a gente. Há muita coisa feita para funcionar, em teoria, de uma certa maneira mas que na prática não é bem assim – todos sabemos que o cú foi feito para funcionar como uma via de sentido único mas há muita malta que se dedica, com afinco, a dar-lhe o mesmo uso que uma auto-estrada com três faixas para cada lado.

Se fosse verdade que o cérebro só pára quando se faz um exame ou quando uma pessoa se apaixona isso significaria que a estupidez seria uma característica humana com duração limitada. No entanto todos sabemos o quão infinito e permanente pode ser a estupidez numa pessoa, facto que foi brilhantemente resumido numa frase (essa sim digna de mental note) por Albert Einstein, que disse “Somente duas coisas são infinitas: o Universo e a estupidez humana. E não estou seguro quanto à primeira”. O Albert deve ter chegado a esta conclusão da mesma forma que eu: bastou-me estar atenta numa noite de temporal em que a electricidade foi cortada num raio de 2 km à minha volta e observar, pela janela, os vizinhos que continuavam a tentar abrir o portão eléctrico de casa com o comando que têm no carro. O bónus especial foi para aqueles que, não conseguindo abrir o portão, ainda se puseram a dar cacetada no comando.

Significa isto que o cérebro humano também pára durante cortes de energia e a avaliar pela quantidade de temporais e alertas laranjas que já houve em Portugal quando ainda estamos no Outono, eu diria que este Inverno vai ser muito próspero para aquelas lojitas pequenitas dos centros comerciais que se dedicam ao arranjo de calçados e comandos.

Voar também é uma situação que faz parar o cérebro humano. Quem já andou frequentemente de avião já reparou que, independentemente da hora do dia, da companhia aérea, do destino e da nacionalidade, cerca de 95% dos passageiros de um vôo começam a formar uma fila na porta de embarque ainda antes do embarque ser anunciado, não vá dar-se o caso do piloto armar-se em motorista de autocarro e descolar o avião com gente ainda a meio das escadas para entrar lá dentro. Basta um gajo colocar-se em frente ao balcão de embarque para, nos 30 segundos seguintes, todos os restantes formarem uma fila atrás dele e ficarem todos ali, a babarem-se de ansiedade. Observa-se assim que a paragem do cérebro humano por contágio é possível.

Estes são exemplos mais que suficientes para provar que o cérebro humano pára de funcionar em várias situações e não só quando temos um exame ou nos apaixonamos.

Claro que ficou aqui por falar sobre as pessoas cujo cérebro nem arrancou quando nasceram, mas para isso existem programas de televisão exclusivamente dedicados ao tema – se estiverem interessados em ver exemplos dessas pessoas recomendo verem o Ridiculousness na MTV ou a série Partoba no YouTube. Ou então recomendo que fiquem a conhecer o Diogo Costa Monteiro.

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